terça-feira, 24 de março de 2020

Impacto Psicológico do Coronavírus






Ficar em casa “de boa”, “sem fazer nada” em um primeiro momento pode parecer um sonho para muitas pessoas, mas desde o surto de COVID-19 podemos ver um pesadelo se aproximando. Por um lado, vemos a necessidade do confinamento para conter o vírus, por outro o impacto social e psicológico que se não for observado pode ser nocivo. 

Tendo em conta que somos por natureza seres sociais e necessitamos de constante contato, quando o isolamento acontece e essa troca deixa de acontecer fatores como estresse, aumento da ansiedade, tristeza e irritabilidade e até mesmo depressão, podem surgir com força total em nossa mente. 

O estado de quarentena implica em modificação da rotina e limitação da mobilidade e, com sua duração prolongada, o medo de infecções, a frustração, o tédio, a falta de suprimentos adequados, a informação limitada e as perdas financeiras podem contribuir para o abalo psicológico de uma pessoa. 

O que fazer? 

Esse é o momento de manter a calma, ser flexível e tolerante com nossas limitações e de aprender, se reinventar. Buscar por novos desafios e investir o tempo naquelas pequenas coisas que no dia-a-dia deixamos de lado. 

Outro fator importante é tomar cuidado com o excesso de informações. Ficar conectado o tempo todo a notícias negativas não faz bem. 

Mantenha uma rotina, estude, leia, descanse, planeje, ouça músicas, exercite-se e principalmente descubra o que gosta! Esse é um momento de redescoberta de quem somos, do que queremos e quais os nossos sonhos! 

Busque ajuda se for preciso. Acesse as plataformas digitais. Procure um psicólogo e não permita que os medos cresçam dentro de você. 




sábado, 25 de agosto de 2018

TUDO VAI PASSAR



"Dia 18 meu filho completou 10 anos e esse texto expressa tudo que sinto nesse momento.  Te amo meu filho!"


TUDO VAI PASSAR
Eles vão crescer e dispensar nosso colo. 
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico. 
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa. 
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos. 
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria. 
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma. 
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que começaremos a rezar com muito mais freqüência. 
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.

Por isso, viva o agora. Releve as birras. Conte até 10. Faça cócegas. Conte histórias. Dê abraços de urso. Deite ao lado deles na cama. Abrace-os quando tiverem medo. Beije os machucados. Solte pipa. Brinque de boneca. Faça gols. Comemorem. Divirtam-se. Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia. Rezem juntos. Estimule-os a cultivar amizades. Faça bolos. Carregue-os no colo.

Faça com que saibam o quanto são amados. 
Passem o máximo de tempo juntos.

Assim quando eles decidirem partir para seus próprios vôos, você ainda terá tudo isso guardado no coração.


[Cinthia Moralles]

terça-feira, 3 de julho de 2018

ADULTOS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)




Desatenção, impulsividade e hiperatividade são os principais sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Antigamente acreditava-se que somente crianças eram portadoras desses transtorno, mas hoje já se reconhece que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma condição crônica, que persiste na vida adulta. 

Entre a infância, adolescência e fase adulta há uma mudança no quadro clínico e nos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e, embora a hiperatividade e a impulsividade diminuam com o passar dos anos, as dificuldades de atenção persistem ao longo do tempo. 

Adultos com TDAH nem sempre são agitados, mas têm grandes dificuldades com a atenção, principalmente no que diz respeito a atividades pelas quais não têm muita ligação afetiva. São proteladores (deixam para depois) e procrastinadores (ficam parados) por excelência, demoram a começar alguma coisa e quando começam não terminam. 

Tem na maioria das vezes um comportamento desatento, desconcentrado e facilmente distraído. Normalmente ele é pouco persistente no que faz, tendo dificuldade em completar suas tarefas, a ponto de alguns deles nunca terem conseguido ler um livro até o final. 

Com um estilo de vida bastante desorganizado, normalmente esses pacientes esquecem de pagar contas em dia, são confusos e caóticos no trabalho, esquecem compromissos, não conseguem estabelecer prioridades. Isso tudo acaba ajudando esses pacientes a se atrasarem com muita frequência nos compromissos. 

Em geral eles são impacientes, tomam decisões precipitadas e, muitas vezes, arrependem-se daquilo que fazem impulsivamente, são também inquietos e quase sempre estão procurando coisas para fazer. 

Tratamento 

Os médicos usam para adultos TDAH as mesmas medicações utilizadas com crianças. Psicoestimulantes, tais como Ritalina, Adderal, Dexedrine e Concerta são os medicamentos de "primeira linha" (geralmente os mais eficazes e seguros). 

Somente a medicação em si não tornará o indivíduo mais pontual, bem organizado ou mais fácil de convívio. É preciso conciliar psicoterapia que ajudará na superação de hábitos e comportamentos auto-frustrantes. 

A Psicoterapia é especialmente útil para pacientes TDAH e que muitas vezes estão, também, com um quadro de depressão e ansiedade. Também pode ajudar adultos a lidar com a frustração e raiva que eles sentem por não controlar o TDAH. Além disso, a Psicoterapia pode promover a melhora das habilidades sociais e na capacidade em lidar com as situações que aparecem. 


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Reflexão


"O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando"



Guimarães Rosa


quinta-feira, 22 de março de 2018

ADAPTAÇÃO ESCOLAR




Adaptação escolar é o período em que a criança tem para acomodar-se e integrar-se à escola.  Para que a adaptação aconteça ela precisa acostumar-se com o ambiente educativo, à rotina escolar e socializar-se com os professores e colegas de classe. 

Quando percebe-se a dificuldade da criança é importante conversar com ela procurando entender o que está sentindo. 

Reflita sobre as questões abaixo: 
  • O motivo da recusa em ir ou ficar na escola está com a própria criança? 
  • Está no ambiente familiar ou na escola? 
  • Como está seu estado de saúde de uma forma geral, seu desenvolvimento físico, afetivo e social? 
  • Será que estou sendo um pai/ mãe permissivos demais ou rígidos demais? 
  • Como está o relacionamento dela com os colegas e com a professora? 
  • Ela está se adaptando bem aos métodos e regras da instituição? 

Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes e isso os prejudica quando entram na escola, porque na escola terão que demonstrar responsabilidade, obedecer regras e respeitar limites. 

Quando uma criança inicia sua vida escolar, encontra um mundo novo com influências, idéias, amizades e oportunidades com as quais nunca havia se deparado antes.   Nessa época ela precisa de muito apoio dos pais, na forma de interesse, ajuda e encorajamento. 

Toda criança, independente de sua história ou idade, terá que enfrentar o primeiro dia de aula e esta experiência acarreta ansiedade e insegurança.  Afastar-se do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido significa um grande salto na vida de qualquer criança. 

Por uma questão de necessidade, atualmente os pais estão matriculando seu filho mais cedo na escola e observamos que muitos deles sentem culpa pelo fato de deixá-lo tão cedo e ter pouco tempo para se dedicar a ele.  Neste caso, o sentimento de culpa é transmitido ao filho e isto fará com que sinta abandonado pelos pais. 

A relação dos pais, especialmente da mãe com o filho é muito importante para o seu desenvolvimento, mas não é a quantidade de tempo que conta e sim a qualidade da relação estabelecida que fará diferença. 

Hoje, a formação dos profissionais que trabalham nas escolas é mais completa e a maioria das escolas já conta psicólogos para orientações. 

Existe uma preocupação maior em encarar cada criança como uma pessoa individualizada, em olhar de perto seu processo individual de desenvolvimento.  Com isso tornou-se possível determinar com maior precisão as áreas em que cada criança necessita de maior cuidado e atenção. 





quinta-feira, 15 de março de 2018

PRIORIDADE



"Os dias passam na velocidade de 1 pavio de bomba aceso..."


BNegão 



Hoje estava pensando em prioridades! Naquilo que temos que fazer o tempo todo.  Todo dia, toda hora estamos ansiosos com nossos afazeres.... com as coisas que precisamos terminar ou começar. 

Quantas vezes ficamos presos ao que temos que fazer e quando percebemos o dia já acabou? 

Praticamente a todo momento rsrs... O dia acaba e nem resolvemos metade dos nosso problemas!

E quando tudo é prioridade? 

Isso acontece com aqueles que querem tudo para ontem.  Tudo é importante e precisa ser feito na hora desejada.  Sempre existirá algo que merecerá maior atenção do que as outras coisas. Então, nada de ansiedade ou de querer arrancar própria cabeça. 

"Os dias passam na velocidade de 1 pavio de bomba aceso..."

É preciso aprender a priorizar... a palavra PRIORIDADE é um substantivo feminino que indica a condição do que é o primeiro em tempo, ordem, dignidade. 

Precisamos ver o que é essencial... separar nossos afazeres... 

Se existe algo ou algum serviço que você possa fazer em outra ocasião, sem atrapalhar o andamento das coisas, faça depois!  Não adianta querer resolver tudo ao mesmo tempo. Quando isso acontecesse você se estressa, sua cabeça fica confusa. 

No Amor Exigente conheci a palavra DEFIFOREX, claro que ela não existe! Mas ajuda muito na hora de focar em algo 

DEfina seu alvo 

FIxe sua prioridade 

FORmule um plano de ação 

EXecute-o! 

Fixar prioridades é estabelecer por onde começar. Tirar a trave do olho! Procurar instrução, orientação e informação se preciso for. 

E depois de executar é só agir, fazer nossa parte para chegar a solução de um problema. Você é quem sabe até onde o seu corpo aguenta, o tempo que você tem disponível e a responsabilidade e o compromisso para a execução de cada tarefa do seu dia-a-dia! 

Então preparados, sabendo o que queremos, no que acreditamos, estamos PRONTOS! 

"Os dias passam na velocidade de 1 pavio de bomba aceso..."



segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O Que é Amor e o Que é Paixão?

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Dizem que a condição de apaixonado é uma característica sobre-humana.   Por conseguinte, o ser humano é normalmente incapaz de lidar com ela.  É um estado extasiante para um Homo Sapiens comum.

Enquanto amar é conviver com a realidade do outro, com suas falhas, magnificências, defeitos, virtudes, o ficar apaixonado é sentimento súbito; vê-se instantaneamente na outra pessoa tudo aquilo que desejamos possuir e reter.

Os poetas e os romancistas conseguem criar extraordinários escritos em nome da paixão e chegam a afirmar que “Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando a paixão dele toma conta”.  Alguns dizem até ser aquilo que vivenciamos, quando estamos apaixonados, o nosso estado normal.

O amor mostra aos homens e às mulheres como eles deveriam ser sempre, escreveu o russo Anton Tchekhov. 

Encontrando-me neste dilema, sem entender o que é amor e o que é paixão, socorreu-me o velho amigo dicionário Aurélio.

Nele, o verbete Amor significa: “sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também, atração física”. 

Paixão: é “emoção levada a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão”. 

Mas não importa o que sei ou o que dizem, mas sim o que sinto.

Acredito que a paixão seja visceral – com um grande componente sexual. O amor é intelectual. Paixão e amor podem ser, cada um, início ou fim do outro. Ou podem não ser? Mais importante do que qualquer teoria, etimologia, dicionário ou ciência humana, é quando você disser “eu te amo”, independente da fase existencial pela qual esteja passando, dizê-lo com muita certeza da aspiração de juntos envelhecerem...

E saber:
- que você não pode exigir, a cada momento, paixão e amor e compreensão; ninguém pode controlar suas emoções.

- que você deve permanecer fiel à paixão da vida, apesar de ela ser composta por uma infinidade de ilusões que servem de analgésico para a alma.

- que as paixões são como as ventanias que enfunam as velas dos barcos, fazendo-os navegar, embora por vezes possam fazê-los naufragar; mas se não fossem elas, não existiriam viagens nem aventuras, nem novas descobertas.

- que você deve perguntar e continuar perguntando; quem sabe de todas as respostas ultrapassou a velhice.


Assim, aos meus quase 80 anos, continuo ainda sem saber o que é Amor e muito menos o que é Paixão. 

Se alguém souber, por favor, me avise... 

Obrigado.



Meraldo Zisman
Psicoterapeuta